10 junho 2022

18 dias para os 18 anos e uma -quase- decepção amorosa

 Faz muito tempo que não escrevo e quase não me reconheço mais. De repente, me vi livre. Senti o vento da liberdade soprar no meu rosto e esvoaçar os meus cabelos, e aí? Não sei explicar a sensação. 

Ainda parece um sonho.

Mas ao meio disso tudo, esqueci de mim. Esqueci daquilo que um dia me completou. Não consigo ler mais... ou alongar meu corpo, nem escrever no blog (que faz parte de mim). Esqueci como se faz isso, como se tem prazer em um livro. Como?

Não sei.

Talvez seja porque eu tinha muito tempo livre antes para investir em mim, e agora dedico meu tempo integral a faculdade, e meu tempo livre gasto em algum rolê aleatório. 

Preciso encontrar o equilíbrio de ser quem sou. 

"Meu coração vagabundo quer guardar o mundo em mim". 

Sinto falta das tardes de leitura, das noites de filmes clássicos. Hoje, passo minhas noites conversando no instagram.

Tenho ficado muito nas redes sociais e no meu celular, umas 4 horas (antes ficava 1h30min). Eu usava de desculpa o fato de que "estou conhecendo pessoas novas", mas virou um vício. Meu objetivo para Junho é largar mão do celular e viver mais o presente.

Sobre a quase decepção amorosa... sei lá. Não é bem uma decepção, é mais um sentimento negativo. Marcamos de sair e ele não me respondeu mais. Fui dormir de maquiagem e com cabelo lindo. Não que tenhamos algo, mas esperava que me tratasse com um pouquinho mais de consideração. 

Porém, depois de ontem, desapeguei. Eu me dedico muito a quem eu acho que mereça, mas quando eu mudo de opinião, esquece! 

Faltam 18 dias para o meu aniversário de 18 e eu mal sei o que fazer. Estou caminhando por um caminho que vai me levar ao sucesso, mas eu queria mais da vida. Não sei como, não sei o porquê. Talvez seja pelo meu melancolismo de hoje, ou talvez porque a vida realmente tem a me oferecer mais. Descobrirei isso nos sete mares do cotidiano. Sábado tem rolê, hoje tem rolê. Não sei se isso me preenche, mas com certeza me alegra.

Não sei que tipo de adulta eu quero ser. Não espero muito da vida. Espero ser feliz, só. Quero a felicidade do dia a dia, quero o amor de arde sem se ver, quero sentir o sol queimando o meu rosto enquanto corro pela praia, quero rir com meus amigos, dormir serena, sem ansiedade, sem pesadelos, sem me sentir inferior. 

Dizem quem aceitamos aquilo que achamos merecer. Esse é meu problema. De traumas e traumas, virei uma pessoa que acha que merece pouco, ou quase nada. 

Ainda há tempo. Há tempo de curar os traumas, as feridas, de se valorizar e só aceitar mais do que merece. 

Hoje estou melancólica pela primeira vez desde que saí de casa. O engraçado é que estou triste. Eu era melancólica todos os dias e não me sentia triste antes. Acho que é porque estou sozinha. Eu gosto de estar sozinha, mas as vezes é ruim. Gosto de ficar a sós com meus pensamentos e minhas reflexões que só fazem sentido pra mim.

Mas as vezes bate a saudade... saudade das pessoas que eu cresci vendo. Saudade da rotina fácil. Da comida quente de mãe. A rotina é pesada e eu só tenho 17 anos. Quando penso no meu dia a dia é normal, mas quando lembro que só tenho 17 anos, me pergunto: como consigo? Eu não sei nada sobre a vida, ainda estou aprendendo a viver. 

Ainda estou aprendendo a nadar os setes mares.

"Mas então o que é o tempo? É a brisa fresca e preguiçosa de outros anos, ou este tufão impetuoso que parece apostar com a eletricidade?"




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